Guardiões da Memória

Guardiões da Memória nasceu durante a Raízes Game Jam 2025, realizada de forma online e promovida pela ERA Game Studio.

O tema da jam foi “O que foi esquecido”, e o projeto foi desenvolvido com foco em valorizar as raízes culturais brasileiras, especialmente as culturas indígenas.

Além do tema central, o jogo também seguiu dois diversificadores propostos pela jam:

• Raízes Visuais: Estilo artístico inspirado em culturas, artes ou símbolos tradicionais.

• Raízes Históricas: Mecânicas baseadas em crescimento, ciclos ou fases da vida.

Contexto

A história do jogo

Em Guardiões da Memória, cada jogador assume o papel de um jovem sacerdote em formação, que precisa reunir fragmentos da história de seu povo, antes que eles se percam para sempre.

Esses fragmentos estão protegidos por espíritos guardiões, e a missão de cada jogador é reunir as peças certas para honrar seu Ancestral.

Ao longo da partida, é preciso fazer escolhas estratégicas, interagir com eventos místicos e utilizar artefatos especiais.

Quem conseguir cumprir os três fragmentos correspondentes ao seu Ancestral, se tornará o verdadeiro Guardião da Memória.

Como Funciona

O jogo é baseado em posicionamento estratégico e gestão de recursos, com partidas dinâmicas e acessíveis.

A cada rodada, os jogadores decidem onde posicionar seus tokens para coletar cartas que podem trazer recursos, eventos ou artefatos especiais. A combinação certa desses elementos permite que cada jogador reconstrua fragmentos da memória de seu povo, avançando em direção à vitória.

Além de estimular o planejamento, o jogo promove a tomada de decisão consciente e a conexão com temas como ancestralidade, ciclos de vida e preservação cultural.

Guardando memórias, criando conexões:

Design que celebra nossas raízes

"Guardiões da Memória" foi um projeto especial por várias razões. Participar de uma game jam que celebra a diversidade e a criatividade, promovida por um estúdio indie brasileiro comprometido com narrativas inclusivas, trouxe um significado extra a cada etapa do desenvolvimento.

Fomos a única equipe a criar um jogo de tabuleiro na Raízes Game Jam, o que por si só já foi um desafio empolgante. Mas o que realmente marcou o processo foi a parceria com uma profissional que, além de designer talentosa, é também historiadora e professora.

A troca de conhecimentos foi rica e transformadora. Juntos, conseguimos aprofundar nossa conexão com as próprias raízes étnicas, culturais e espirituais, trazendo ao projeto um olhar mais cuidadoso e respeitoso com as referências que estávamos utilizando.

Cada escolha de design — da narrativa imersiva às mecânicas baseadas em ciclos de vida, passando pelas ilustrações inspiradas na cultura Tupi e em outras tribos indígenas brasileiras — foi pensada para representar o tema da Jam com sensibilidade e responsabilidade.

O tema "O que foi esquecido" nos provocou uma reflexão profunda sobre ancestralidade, pertencimento e continuidade histórica, fazendo deste jogo uma experiência que vai além do entretenimento.

Atualmente, o jogo está disponível em versão gratuita (Print & Play) e vem sendo testado em escolas da rede pública baiana, recebendo ótimos feedbacks de alunos e professores. Com base nesses retornos, acreditamos no potencial de levar o projeto a uma versão física no futuro, com ainda mais cuidado nos detalhes visuais e mecânicos.

“Foi uma experiência incrível que resultou num jogo muito legal. Minha gratidão à ERA Game Studio e ao Joe com quem aprendi muito!”

• Profa. Jacqueline Morais -

  Mestre em História Regional e Local pela UNEB, graduada em História pela UEFS, tecnóloga em Design Gráfico pela UNIFACS e vice-diretora do Centro Juvenil de Ciência e Cultura de Feira de Santana.

Guardiões da Memória

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